O CRISTÃO E O NAMORO



O CRISTÃO E O NAMORO


1. O que é o namoro na perspectiva cristã?

Namoro na perspectiva cristã, é uma fase, em que o casal se relaciona de uma forma em que possa se conhecer melhor, e tomar a decisão de avançar cada vez mais no relacionamento até que chegue ao casamento. Esse avanço é objetivando o amadurecimento da relação, e da tomada de decisões visando o futuro do relacionamento.


2. Princípios bíblicos para o namoro

Apesar da palavra “namoro” não poder ser encontrada na Bíblia, isso não significa que não existam princípios bíblicos que devam ser aplicados ao namoro cristão. A Bíblia não deixa nenhum cristão sem respostas acerca de como deve ser um namoro de acordo com o padrão moral de Deus. Alguns pressupostos bíblicos servem para nortear os cristãos em seu relacionamento pré-nupcial.

Assim, o namoro na perspectiva cristã:


a) Deve objetivar o casamento


Não há a mínima possibilidade biblicamente, de justificar um namoro cuja pretensão não seja o casamento. A ideia de namorar apenas para não ficar sozinho, para se divertir ou mesmo para ir testando compatibilidade, é errada diante de Deus. O namoro do cristão deve ter como meta clara o casamento.


b) Deve ser firmado entre cristãos


Para o bem de sua vida espiritual e até de seu próprio relacionamento, um cristão não deve namorar com um não cristão. Não devemos entrar em um laço desigual, pois isso nos impedirá de amar o Senhor como Ele quer que nós o amemos (Mc 12:30). Deus não se alegra com um coração dividido (Mt 6:24). Talvez achamo-nos vacinados a essa realidade, mas o tempo mostrará que os princípios de Deus são tão imutáveis quanto Ele (Ml 3:6; Tg 1:17).


Não devemos entrar em um laço desigual, pois isso nos impedirá de termos a paz verdadeira. A paz verdadeira é fruto do Espírito Santo (Gl 5:22) e não fruto de intenções sinceras, manipulações emocionais e nem de filosofias bem articuladas. O que é da carne se corromperá (Mt 7:18; Gl 6:7). A paz verdadeira vem por exercícios espirituais (Fp 4:6-9). Um jugo desigual impediria a prática desses exercícios espirituais e, portanto, impediria também a realização da paz verdadeira.


Não devemos entrar em um laço desigual, pois isso impedirá o casal de ser completamente um (Gn. 2:24). A união desigual fará com que a conversação tenha rumos desiguais, costumes irregulares, objetivos inconstantes, etc. A união que um casal tem é refletida pelas palavras do apóstolo Paulo à igreja em Corinto: “sociedade”, “comunhão”, “concórdia”, “parte”, “consenso” (2 Co 6:14-16). A união desigual impedirá que se tenha concórdia, consenso, união e parte nos assuntos de maior porte, ou seja, aquilo que é eterno. Uma união de jugo desigual pode ser comparada a prostituição espiritual, pois aquilo que pertence a Deus está sendo usado numa união não espiritual (1 Co 6:15-20).


Não devemos entrar em um laço desigual, pois isso nos impedirá de obedecer a Bíblia na educação dos filhos. A Bíblia pede que os pais instruam os filhos na doutrina e admoestação do Senhor (Ef 6:4; Dt 6:5-9). Uma união desigual fará com que os nossos alvos de treinar os filhos, no que diz a Bíblia, sejam bloqueados e desanimados. Deus, em misericórdia, pode trazer bem do mal, mas não devemos tentar a Deus desobedecendo-o e pedindo as Suas bênçãos sobre a nossa desobediência.


Não devemos entrar em um laço desigual, pois isso afetará as nossas futuras gerações. No casamento o casal ajunta-se com a família do seu cônjuge para o resto das suas vidas. As tradições não cristãs da família do não convertido serão assimiladas na família do Cristão. Essas tradições afetam todas as áreas da vida do casal. Para entender o efeito que uma esposa ou esposo não cristão pode ter na vida daquele que é cristão, dê uma lida na passagem que explica o porquê Salomão foi levado à idolatria (1 Re 11:1-7).

Os exemplos bíblicos para se ter um jugo igual na fé é tocado não só pelos referências já vistos acima que incluíram a separação cristã, mas também pelos conselhos dados às viúvas que queriam se casar novamente. Se falecer o marido de uma mulher cristã ela fica livre para se casar com quem quiser, “contanto que seja no Senhor” (1 Co 7:39). Deus ordenou o povo de Israel a não dar suas filhas aos filhos dos outros povos, e nem deveriam tomar as filhas dos outros povos para casarem com os seus filhos. A razão disso era enfaticamente declarada: “pois fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do SENHOR se acenderia contra vós, e depressa vos consumiria” (Dt 7:1-4).


c) Deve refletir a santidade


O namoro do cristão deve se harmonizar com a verdade de que ele é o templo do Espírito Santo. Esse ponto obviamente inclui todos os aspectos que possam comprometer essa condição. Mas é claro que em se tratando de namoro, a recomendação especial fica por conta da questão da sexualidade. Apesar da sociedade chamar de comum e até saudável o relacionamento sexual entre namorados, a Bíblia chama isso de fornicação. Qualquer relacionamento sexual fora do contexto do casamento é tratado na Bíblia como imoralidade (1 Co 6:9,18; 2 Tm 2:22).


Alguns jovens me perguntam: “beijo e sexo no namoro é permitido?” Bem, se obedecermos à influência da sociedade pelas mídias, às pressões dos nossos amigos não cristãos e à inclinação dos nossos desejos naturais, responderemos que o direito de tocar sensualmente é simplesmente daquele que nós amamos. Porém, o nosso assunto é namoro cristão e não o namoro moderno. Se vamos glorificar a Deus com tudo que fazemos, o nosso namoro tem que se dobrar aos princípios bíblicos. A Bíblia não é silenciosa ao mostrar detalhadamente quem é livre para praticar a intimidade: “Venerado seja entre todos o matrimónio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará” (Hb 13:4).


Por causa da forte possibilidade da prostituição, o cristão não casado, é aconselhado, quando tem desejos de paixão, a distanciar-se desses desejos (Pv. 4:14,15; 2 Tim 2:22; veja o exemplo de José - Gn. 39:11,12), ou, então, que case (1 Co 7:1-2, 9, 36). Não devemos nos iludir em supor que o namoro ou o noivado nos dá os mesmos direitos do casamento (1 Co 7:4). O direito de tocar, apertar, beijar, ou acariciar sensualmente pertence somente aquele com o qual somos já casados (Gn 20:6).


A piedade pessoal no namoro é um escudo forte contra as paixões da concupiscência (1 Ts 4:1-7). Convém que apresentemos os nossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Rm 12:1; 1 Co 6:13 ). O tempo para restringir o tocar íntimo é curto em comparação ao longo tempo esperado que rogamos que Deus nos dê no casamento. Convém guardar o relacionamento em santificação.


Texto extraído do meu livro “Namoro na Perspectiva Cristão”


Para você que desejar adquirir o livro pode entrar em comunicação com a editora Educação Cristã, apartir do E-mail: assessoriacarlosoliveira@gmail. Com 
Fone: (11) 99877-2596

— Baptista José


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